Los Angeles Times
“... Na privacidade do boletim de voto (como muitos candidatos que lideraram sondagens e perderam eleições já sabiam) as pessoas são livres de manifestar os seus medos inconfessados, preconceitos inconscientes, que nunca soprariam aos ouvidos de ninguém, ou até mesmo reconhece-lo eles próprios. E este ano esse tipo de comportamento amaldiçoou Brokeback Mountain."
"Hollywood gosta de se regozijar pelo bem que faz ao mundo, mas, como a cerimónia de domingo mostrou, é mais simples congratularmo-nos por um trabalho bem feito no passado do que fazer esse mesmo trabalho hoje em dia.”
New York Times
“A Academia virou as costas a uma firme e descomprometida história de amor gay para atribuir o prémio a um caleidoscópio tristonho de histórias raciais em que todas as personagens são simultaneamente simpáticas e repulsivas”.
Washington Post
“Esta decisão vai suscitar grandes discussões sobre se o filme ganhou pelos seus méritos ou se não terá sido um acto deliberado da academia de cinema para não premiar Brokeback Mountain”.
Boston Globe
“A maior decepção da história dos óscares”.
“A mensagem foi clara: Hollywood prefere filmes sobre pessoas que limpam o armário a filmes sobre pessoas que vivem no armário”.
The Times
“Brokeback Mountain, a história do amor impossível entre dois cowboys, que estava nomeado para oito categorias era o grande favorito depois de ter limpo os Golden Globes, Baftas e o muito prestigiado festival de Veneza. E, apesar de ter ganho três oscares, incluindo o de melhor Realizador para o taiwanês Ang Lee, o filme mais falado do ano acabou por perder o prémio final. "Se calhar o que escrevi não é ficção e os americanos não admitem realmente que os cowboys possam ser gays" disse Larry McMurtry, o escritor veterano vencedor do Pulitzer, que partilhou o prémio de melhor argumento adaptado.”
Le Monde
“É obvio que Brokeback Mountain merecia ganhar, mas num país tradicionalmente homofóbico como os Estados Unido,s o filme estava condenado a ser julgado não pelos seus méritos artísticos mas pelo seu lugar na guerra das culturas. A Academia está cheia de gente muito tímida, aborrecida e convencional – não muito diferente da América interior que diz desprezar – satisfeita por ser marioneta em vez de ventríloquo.”
El Pais
“A história de amor dos cowboys Ennis del Mar e Jack Twist era a clara favorita, mas existia a possibilidade do filme não ter suficiente apoio dentro da Academia, essencial para ganhar o Óscar final votado por todos os 6000 membros (os restantes são votados apenas pelos membros nas respectivas categorias). Alguns dos seus membros mais conservadores declararam publicamente que não votaram no filme porque nem sequer pensaram em vê-lo. Questionado, o cineasta taiwanês, confessou a sua decepção e felicitou os ganhadores: "Foi uma surpresa para mim, sinceramente. Mas estou orgulhoso deste filme. Não mudaria nada nele ".
New Delhi Times
“Nunca saberemos por quantos votos Crash ganhou a Brockeback Mountain, muito poucos seguramente. Uma coisa é clara: apesar de Crash ser um filme bom e importante, ao escolher Crash e não Brockeback a Academia jogou pelo seguro e mostrou o seu lado conservador e anti-controverso.”
Sem comentários:
Enviar um comentário